quarta-feira, 19 de novembro de 2008

♪ hoje eu dividi a minha vida e a sua

A vida te dá uma rasteira. Você cai, tropeça, o sonho borra a maquiagem, o coração se espalha. Você sente dor, perde o rumo, perde o senso e promete: amor, nunca mais. Você sente que nunca irá amar alguém de novo, que amor é conversa de botequim, ilusão de sentido, que só funciona direito para fazer música, poesia e roteiro de cinema. Ainda bem que existem amigos para amar, abraçar, sorrir, cantar e tirar fotos bonitas. E a vida segue.

Tem continuação, mas ainda não posso colocar aqui.

Vale a pena fazer tantos planos? Passei um relacionamento de quase 5 anos acreditando que sempre teria volta, que aquele casamento em 26 de maio de 2012 era totalmente aceitável e possível, que ele era o homem da minha vida, que daria pra passar por cima de qualquer problema porque ELE sempre estava do meu lado.
Ainda dói, afinal além de muito tempo é ele que me conhece como ninguém. Ele que me olha e sabe que tenho um problema - e ainda sabe exatamente o que me dizer. Ele que mudou minha vida e que me fez perceber que eu não estava preparada pra tudo. E não estou!
Depois de muito tempo posso dizer que o perdão não é uma coisa tão inatingível assim. E isso só muda de nome pra amor-próprio, a gente que confunde.
É fato que primeiro amor é inesquecível - e é mesmo, ainda mais quando você tem que equilibrar a perda com um sintoma de possessividade gigante! Tão claro quanto eu sei que a confiança só se perde uma vez, é saber que tudo isso só passa quando outra pessoa te faz ter esperança de que as coisas podem ser diferentes.
Nããoo estou amando ninguém! Por enquanto chega de sonhos molhados, planos no varal e o coração atirado na mala e pronto pra viagem. Sofrer cansa e deixa qualquer pessoa com um pé atrás e uma vontade imensa de precisar somente de si. É só um deixar rolar, sabe como?
Chega de músicas tristes, chega de escrever cartas que nunca serão mandadas, chega de pensar que não tem solução e fazer disso um martírio eterno! Cada um tem pleno controle do rumo que quer tomar.
Não, não esqueci. Mas uma hora você vê que nem se trata mais disso... é só saber lidar com as diferenças, o comodismo e o contato.
Pra quê dificultar tanto? Nem todo mundo tem o dom de só te surpreender de um jeito negativo.

1 ano.

Um comentário:

Felipe Martins disse...

Bah...desculpe-me invandir este teu espaço aqui, mas simplesmente conseguisse descrever tudo o que eu realmente sinto. Me emocionei!